Mãe e padrasto confessam morte de menina de 5 anos encontrada concretada no quintal de casa no interior de SP
- O Cubo Notícias
- há 12 minutos
- 2 min de leitura

A Polícia Civil de Itapetininga confirmou, nesta terça-feira (14), a prisão de Luiza Aguirre Barbosa da Silva e Rodrigo Ribeiro Machado, mãe e padrasto da menina Maria Clara Aguirre Lisboa, de 5 anos, encontrada morta e concretada no quintal da própria casa. O casal confessou o crime durante depoimento e deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com o delegado Franco Augusto, responsável pelas investigações, a menina estava desaparecida havia cerca de 20 dias. O corpo foi localizado após denúncia feita pela avó paterna da vítima ao Conselho Tutelar, relatando o desaparecimento da neta. As investigações indicam que Maria Clara era frequentemente agredida pela mãe e pelo padrasto, que também a submetiam a violência psicológica.
O delegado relatou que o padrasto possuía antecedentes criminais e utilizava a criança como forma de pressão contra a mãe, em um ciclo de tortura física e emocional. “O corpo foi encontrado em uma cova rasa, concretada, em avançado estado de decomposição. Havia marcas de agressões causadas por instrumento contundente, possivelmente uma rebitadeira, que foi apreendida com manchas de sangue”, afirmou Franco Augusto.
As investigações apontam que o casal demorou cerca de dois dias para enterrar o corpo da criança e concretou o local para dificultar a localização. O crime teria ocorrido em um momento de fúria do casal, que alegou que a menina “atrapalhava” a convivência e a rotina deles.
A Polícia Científica foi acionada e realizou perícia na residência. O corpo de Maria Clara foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga. O delegado solicitou à Justiça a prisão temporária de Luiza e Rodrigo, enquanto seguem as investigações sobre a possível participação ou omissão dos pais do padrasto, que também moravam na casa e são proprietários do imóvel.
O caso gerou comoção e revolta entre moradores do bairro e em toda a cidade. Vizinhos e familiares lembraram Maria Clara como uma menina alegre e carinhosa. O Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Assistência Social acompanham a família e prestam apoio psicológico aos parentes da vítima.
