Motociclista que atropelou e matou criança enquanto empinava moto em Tatuí é preso

 

O jovem de 22 anos suspeito de provocar o acidente que resultou na morte de Davi Juliano de Oliveira, de 10 anos, em Tatuí (SP), foi preso na noite de segunda-feira (29), no bairro Residencial Astoria. A prisão foi realizada pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, após mandado expedido pela Justiça.

O caso ocorreu no dia 14 de setembro, no bairro Parque São Rafael. Segundo a investigação, o motociclista empinava a moto quando atingiu a criança, que brincava próximo à rua. Davi foi socorrido pelo Samu e levado à Santa Casa de Tatuí, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.

Na ocasião, o suspeito fugiu sem prestar socorro. Ele chegou a ser identificado e ouvido pela polícia, mas como não havia flagrante, foi liberado. O inquérito reuniu imagens de câmeras de segurança, relatos de testemunhas e objetos apreendidos na casa dele, incluindo roupas usadas no dia, uma mochila de entregador e peças da moto danificada. O veículo também foi localizado.

Em depoimento, o rapaz admitiu ter se envolvido no acidente, mas alegou não se lembrar do ocorrido porque teria batido a cabeça. O caso foi registrado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, omissão de socorro, fuga do local do acidente e manobra de exibição em via pública.

A prisão preventiva foi solicitada pela Polícia Civil e deferida pelo Judiciário. Após o cumprimento do mandado, o suspeito foi encaminhado à delegacia de Tatuí e permanece à disposição da Justiça.

Durante o velório de Davi, a mãe, Pedra Castilho, desabafou pedindo justiça:— “Hoje eu estou enterrando o meu filho enquanto o bandido está solto. Não é justo. Eu quero justiça, que ele seja preso.”

A família reforçou que o menino não costumava brincar na rua. No trecho do acidente não há calçadas, e a batida foi tão forte que a criança foi arremessada para uma área de mata. Os parentes relataram que demoraram cerca de quatro minutos para encontrar o garoto após o atropelamento.

Davi foi lembrado pelos familiares como um menino obediente, alegre e querido. Eles esperam que a morte não seja em vão e que o caso sirva de alerta para mais responsabilidade no trânsito.