PF de SP deflagra operação contra mães que divulgavam imagens pornográficas dos próprios filhos
São cumpridos três mandados de buscas em São Paulo, Cerquilho e Iguape na terceira fase da operação Pedomom.
A Polícia Federal de São Paulo deflagrou na manhã desta quarta-feira (11) a terceira fase da Operação Pedomom para combater a pornografia infantil. Os alvos são três mulheres que ofereciam fotos pornográficas dos próprios filhos para um pedófilo e que depois eram compartilhadas na internet.
Nesta fase da operação foram identificadas, pelo menos, sete vítimas, com idades entre 2 e 10 anos. São cumpridos mandados de buscas na capital paulista, Cerquilho e Iguape.
Um homem foi preso na primeira fase da operação em Iguape, em maio do ano passado. O frentista, de 33 anos, foi acusado de abuso sexual de crianças para a produção de vídeos de pornografia infantil. Ao ser detido em sua casa, o homem reagiu, tentou agredir policiais e, mesmo algemando, desferiu chutes contra o computador e tentou destruir provas.
Na segunda fase da operação, em setembro, duas mulheres, que eram ex-namoradas do frentista, foram detidas. As vítimas eram a filha e o filho de uma delas. Os estupros eram filmados pelos agressores que, posteriormente, os trocavam em fóruns da Deep Web, que é uma área da internet que fica escondida e não pode ser localizada pelos mecanismos de buscas, dedicados especificamente a abusos sexuais praticados por pais e mães.
As investigações tiveram início após a prisão de um casal de ucranianos que produzia e distribuía arquivos contendo imagens de abuso sexual infantil naquele país.
O crime de publicação de imagens de pornografia infantil prevê pena de 3 a 6 anos de reclusão. Já o estupro de vulneráveis prevê de 8 a 15 anos de prisão.