Mulher é detida por Guardas Municipais por vender água no Centro de Sorocaba
Uma mulher, ainda não identificada, foi supostamente agredida por Guardas Municipais, no Centro de Sorocaba, no último sábado (07/12).
Segundo moradores a mulher estava andando com um carrinho e transportando uma caixa térmica, vendendo água mineral.
A mulher foi algemada em frente a populares que gritavam contra os guardas municipais, informando que não seria necessária tanta agressividade contra a mulher.
Após a divulgação do ocorrido, a prefeita de Sorocaba (SP), Jaqueline Coutinho (PDT), mandou a corregedoria investigar a abordagem de guardas municipais contra uma ambulante no centro da cidade.
Segundo a prefeitura, uma ambulante que vendia água foi detida por guardas civis municipais depois de resistir à apreensão de suas mercadorias e desacatar os agentes. A apreensão ocorreu porque ela estava atuando irregularmente, segundo a prefeitura.
Algumas testemunhas registraram a ação e disseram que houve uso desnecessário da força contra a mulher. O caso aconteceu no calçadão da Rua Barão do Rio Branco, esquina com a Rua José Bonifácio.
O morador Silvio Elivelton, de 38 anos, foi uma das pessoas que viu a abordagem no centro de Sorocaba. O vendedor conta que não presenciou agressão ou ofensas por parte da mulher e que acredita que houve violência desnecessária.
"Não vi nenhum desacato. Mesmo que tivesse, não justificava a ação daquela forma", conta. Ainda conforme o morador, a abordagem foi feita por guardas homens, e que deveria ter sido feito por mulheres.
O comandante da GCM, Marcos de Carvalho Mariano Machado, informou que a equipe fazia patrulhamento a pé quando encontrou a ambulante, "momento em que lhe foi dada uma ordem legal para que entregasse a mercadoria para ser apreendida. A mesma recusou-se a entregar e ainda desafiou os GCMs que ali estavam, dizendo 'Não vou entregar, pega se você tiver coragem'", informou o gestor da GCM.
Ainda conforme Machado, a mulher ficou instigando os populares a se voltar contra os GCMs, gritando palavras de baixo calão e ofensivas.
"Diante do desacato praticado contra os GCMs, demos voz de prisão. No momento da detenção, a senhora resistiu, jogando-se no chão, sendo necessário o uso de força moderada para detê-la. Diante da resistência e da agressividade, foi necessário ainda o uso de algemas para preservar a sua integridade física e a dos agentes envolvidos", informou o comandante.
Assim que chegaram na delegacia, o delegado pediu para que os guardas a levassem para o pronto-atendimento da zona norte, pois ela se queixava de dores. Mas, conforme a Guarda, a mulher recusou atendimento.
A mulher foi ouvida e liberada. O material que ela vendia foi apreendido.