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G1/TVTEM

Motorista sem perna que atropelou adolescente em Conchas é condenada a prisão em regime semiaberto


Michele Toledo foi condenada a 1 ano e 8 meses de prisão, mas pena foi revertida ao pagamento de um salário mínimo pelo tempo de condenação e prestação de serviços à comunidade. Defesa disse após audiência em Conchas (SP) que vai recorrer.

A motorista de 34 anos que atropelou um adolescente de 17 anos na calçada, em dezembro de 2018, em Conchas (SP), foi condenada a 1 ano e 8 meses de prisão em regime semiaberto durante a audiência de instrução e julgamento nesta quarta-feira (8), no Fórum Criminal de Conchas (SP).

Michele Toledo foi indiciada pelo crime de lesão corporal culposa, com agravante de estar sem carteira de habilitação desde 2004 e fugir do local do acidente. A pena foi revertida ao pagamento de um salário mínimo pelo tempo de condenação e prestação de serviços à comunidade.

A audiência e julgamento começaram às 14h e duraram cerca de uma hora. Foram ouvidos o adolescente atropelado, o jovem que estava com ele no momento do acidente, o pai da vítima e um policial.

O policial afirmou durante depoimento que, na delegacia, a motorista reconheceu que atropelou o jovem e afirmou que bebeu e ingeriu medicamentos fortes horas antes do acidente. Por isso, disse que perdeu o controle do carro e causou o acidente.

Durante o interrogatório da acusada, ela negou que dirigia o carro e afirmou que emprestava o veículo para várias pessoas. Como fazia uso de medicamentos na época, disse que não se lembra do que aconteceu no dia 2 de dezembro.

Quando foi questionada sobre a motivação de reconhecer o acidente na delegacia, ela disse que fez por causa da repercussão do caso na mídia.

O advogado de defesa de Michele não comentou sobre a audiência, mas afirmou que deve recorrer da decisão.

Entenda o caso

O caso ocorreu na Avenida Alberto Paladine, Vila Seminário, em dezembro de 2018. O adolescente de 17 anos caminhava com o amigo, quando um carro desgovernado o atingiu.

Câmeras de segurança registraram o momento do acidente e, apesar do susto, o jovem saiu andando após o atropelamento e sofreu ferimentos leves. Ele reconheceu que a situação poderia ter sido mais grave e ele poderia estar morto.

De acordo com a Polícia Civil, testemunhas informaram que uma mulher dirigia o carro e fugiu sem prestar socorro. Ela foi identificada com a ajuda do circuito de segurança, que registrou a placa do veículo.

Na denúncia sobre o caso encaminhada ao Ministério Público, o promotor Lauro Henrique Mendes Pereira relatou que a motorista, que não tem uma das pernas, agiu de maneira negligente, já que deixou de renovar a CNH desde 2004 e, mesmo com restrições para dirigir, não fez adaptações necessárias, como obrigatoriedade de pedal de acelerador à esquerda e transmissão automática.

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