Jovem que assassinou prima durante churrasco em Pilar do Sul irá cumprir pena em liberdade
Elisandra Vitória Cássia de Oliveira, de 20 anos, morreu após ser esfaqueada na região do tórax em um sítio, em dezembro de 2017. Júri popular em Pilar do Sul durou três horas.
A jovem Amanda de Oliveira Nunes Gabriel foi condenada a seis anos de prisão em regime aberto pela morte da prima, Elisandra Vitória Cássia de Oliveira, durante um churrasco. O júri popular foi realizado na Câmara Municipal de Pilar do Sul (SP), na tarde desta quinta-feira (21).
O júri foi formado por sete pessoas e durou três horas. A promotora de Justiça Patrícia Manzela Trita e a defesa decidiram, em comum acordo, dispensar as seis testemunhas, três de defesa e três de acusação. O júri decidiu condenar Amanda por homicídio simples.
A promotora pediu que a qualificação do crime, homicídio por motivo fútil, fosse alterada para homicídio simples, porque teria acontecido por motivação passional.
A partir desta quinta-feira (21), ela cumpre pena em casa, tendo liberdade restrita a partir das 18h e aos finais de semana.
O crime foi registrado no dia 2 de dezembro de 2017. Testemunhas contaram à polícia que a confusão começou após Amanda ter chegado no churrasco sem ter sido convidada. Durante a briga, a prima Elisandra a teria agredido com uma enxada.
"Ouvimos duas pessoas que estavam no local. Elas afirmaram que a Amanda chegou no sítio sem ter sido convidada, e a Elisandra, prima de segundo grau dela, não gostou quando a viu. Após ela ter agredido a Amanda no queixo, a acusada pegou uma faca e agrediu Elisandra no peito", afirmou o delegado Milton Andreoli.
Elisandra chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de ser atendida. Ela tinha 20 anos.
Amanda foi presa após ser encontrada escondida em um depósito de lixo e autuada por homicídio qualificado.
Ao G1, a mãe de Elisandra afirmou que 15 dias antes do assassinato havia alertado a filha que não estava sentindo paz sobre a amizade dela com a ex-namorada da prima.
“A Amanda, que é acusada por matar minha filha, tinha ciúme porque minha filha ficou muito amiga da ex-namorada dela. Mas a Elisandra não tinha relacionamento com a ex-namorada. As duas eram muito amigas, só isso. Só que eu não sentia paz nessa amizade, ainda mais porque a Amanda tinha um ciúme doentio. Dias antes do assassinato falei que era para ela deixar essa amizade de lado, que ia destruir a vida dela um dia. E foi o que aconteceu”, diz Fabiana Aparecida Proença.