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PF faz buscas em endereços ligados a Aécio Neves


A PF (Polícia Federal) faz buscas e apreensões em endereços ligados a três senadores e três deputados federais na manhã desta terça-feira (11). Entre os alvos, estão endereços relacionados ao senador e deputado federal eleito Aécio Neves (PSDB-MG) e da irmã dele, Andréa Neves, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

De acordo com a PF, a operação é um desdobramento da delação da JBS e investiga os seis parlamentares por suspeita de recebimento de ao menos R$ 100 milhões de propina entre os anos de 2014 e 2017, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014 e também para a obtenção de apoio político.

A ação foi autorizada pelo Ministro Marco Aurelio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal). Outro alvo é o deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, presidente nacional do partido Solidariedade.

Em nota, a PF diz que Aécio Neves comprou apoio político do Solidariedade, por R$ 15 milhões, e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2.

Segundo a TV Globo e o jornal "Folha de S. Paulo", além de Aécio e Paulinho, também são alvos os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN), além dos deputados Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito da Gama (PTB-BA). O UOL ainda não conseguiu contato com a defesa dos alvos da operação.

Ao todo, o STF expediu 24 mandados de busca e apreensão e 48 intimações para depoimentos através da operação, que também conta com apoio do MPF (Ministério Público Federal).

Os suspeitos de emitir notas fiscais frias para Aécio também são alvos da operação desta terça-feira. A operação no Rio é braço de investida que ocorre em São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Bahia e Rio Grande do Norte.

Agentes da polícia foram a um prédio de luxo na avenida Vieira Souto, em Ipanema, no Rio, onde Aécio tem residência. Os Agentes deixaram o local por volta das 8h.

A operação foi batizada de Ross é um desdobramento da Operação Patmos, uma fase da Lava Jato deflagrada em maio de 2017, que teve como base a delação de executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, da J&F.

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