Raiva em cães e gatos: Saiba quais são os sintomas e prevenções
A raiva é uma doença infecciosa causada por um vírus, que compromete o Sistema Nervoso Central (SNC). Pode acometer todas as espécies de mamíferos, incluindo o homem, com 100% de letalidade.
A mobilização mundial de combate à raiva estabeleceu o ano de 2030 como meta para o fim das mortes causadas pela doença (OMS, OIRE, FAO).
Formas de transmissão da raiva para o homem
Em 95% dos casos humanos, ocorre por mordedura de cachorros infectados (a saliva contaminada com o vírus que é introduzida no corpo da pessoa).
A raiva também pode ser transmitida se houver contato direto da saliva do animal com os olhos, mucosas ou feridas, bem como lambeduras ou arranhões de animais doentes.
A lambedura de pele com ferimento já existente ou de mucosa mesmo íntegra também.
A lambedura de mucosas (boca, narinas e olhos), por estas serem mais finas e friáveis que a pele, pode propiciar a introdução do vírus da raiva.
A arranhadura por unha de gato, que tem o hábito de se lamber, pode ser profunda, introduzindo o vírus.
Existem diversas formas de transmissão da raiva.
Formas de transmissão da raiva para cães e gatos
Os principais transmissores para os cães e gatos são os animais silvestres. Como morcegos, gambás e macacos, que contaminam cachorros, gatos e humanos de forma acidental.
O contágio ocorre por meio da troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida.
O vírus se multiplica e atinge o sistema nervoso, alcançando, em seguida, outros órgãos e glândulas salivares. Onde se replica, e, em poucos dias, o animal vai a óbito.
Sinais da raiva em cães e gatos:
Raiva canina: O período de incubação é, em geral, de 15 dias a dois meses. Na fase inicial, os animais apresentam mudança de comportamento, escondem-se em locais escuros ou mostram uma agitação inusitada. Após 1 a 3 dias, ficam acentuados os sintomas de excitação. O cão se torna agressivo, com tendência a morder objetos, outros animais, e inclusive o seu tutor, e morde-se a si mesmo. Muitas vezes provocando graves ferimentos. A salivação torna-se abundante, uma vez que o animal é incapaz de deglutir sua saliva, em virtude da paralisia dos músculos da deglutição. Há alteração do seu latido, que se torna rouco ou bitonal, em virtude da paralisia parcial das cordas vocais. Os cães infectados pelo vírus rábico têm propensão de abandonar suas casas e percorrer grandes distâncias, durante a qual podem atacar outros animais, disseminando, desta maneira, a raiva.
Raiva felina: Na maioria das vezes a doença é do tipo furioso, com sintomatologia semelhante à raiva canina.
A raiva canina e felina é considerada incurável, por isso é essencial a prevenção por meio da vacina e alguns cuidados:
Agosto é o mês de campanha de vacinação da raiva. Existem campanhas de vacinação gratuitas o ano todo, mas há ênfase nesse período.
Vacinação anual obrigatória para cães e gatos: a partir do terceiro mês de vida.
Cuidados com seus pets:
Não deixar o cão solto, e sempre passear com guia.
Não “provocar” cães ou mexer quando está dormindo ou comendo.
Não separar brigas com o corpo (opte por água, gritos, sons, jogar pano/roupa…)
O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva:
Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão.
Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo.
Não sacrificar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva.
O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais.
Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde.
Nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas.
Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o sacrifique e procure o Serviço de Saúde.