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Fonte: Infoescola.com

Laminite equina - causas, sintomas, tratamentos


A laminite, popularmente conhecida como aguamento, é definida como um processo inflamatório agudo ou crônico das estruturas sensíveis do casco, que resulta em claudicação e deformidades permanentes do casco.

Esta condição foi relatada pela primeira vez por Aristóteles, por volta de 350 a.C., quando este a denominou “doença da cevada”.

A laminite habitualmente está relacionada com a excessiva ingestão de grãos, apesar de também pode estar relacionada com fatores genéticos, idade, falta de exercícios, umidade ou quadros de toxemia. Os diversos fatores que possivelmente estão envolvidos no surgimento da laminite variam em complexidade e grau de severidade conforme ao manejo aos quais os animais estão sendo submetidos.

Acomete todas as espécies de animais domésticos que possuem cascos, sendo mais comum em equinos. É rara a ocorrência dessa afecção em bovinos, acometendo-os, especialmente, os animais confinados, em conseqüência das condições de alimentação as quais estes são submetidos.

Ainda não se conhece ao certo o mecanismo de desencadeamento da laminite. Há hipóteses de que esta condição resulte de um excesso de histamina, que leva a um ingurgitamento do leito vascular do casco. Contudo, estudos experimentais desta doença têm evidenciado que o suprimento sanguíneo arterial da lâmina do casco é extremamente reduzido ao invés de ser elevado.

Quando o animal ingere uma quantidade excessiva de grãos, há um aumento da produção de ácidos láctico no trato digestivo, havendo destruição de um número elevado de bactérias e conseqüente liberação se suas toxinas. A acidose ruminal resulta em uma lesão da mucosa do rúmen, com conseqüente aumentando de sua permeabilidade, causando uma endotoxemia e acidose sistêmica, que leva à vasoconstrição periférica, com diminuição do fluxo sanguíneo nas lâminas do casco.

Outras causas secundárias relacionadas ao surgimento da laminte incluem: ingestão de água fria após realização de exercícios; infecções sistêmicas como endometrite, salmonelose e colite; traumas ou traumas ou exercícios físicos em excesso em animais não condicionados e doenças seguidas por quadro endotoxêmicos.

As manifestações clínicas variam com o caso. Na laminite aguda, os animais apresentam dor, ansiedade acompanhada de tremores musculares, sudorese e aumento da frequência cardíaca e respiratória. Os casos acometidos apresentam-se quentes e visivelmente inflamados. O animal fica relutante em locomover-se, ficando deitado quase todo o tempo e, quando forçado a andar, caminhar sobre os talões. Já nos casos crônicos, os cascos crescem em comprimento, perdendo a elasticidade e densidade normais na sola, passando a ficar mais quebradiço. A claudicação pode sumir, porém o animal caminha desajeitadamente.

O diagnóstico é feito com base no histórico alimentar e no quadro apresentado pelo animal.

O tratamento deve ser iniciado o quanto antes, procurando retirar a causa ou fator predisponente e aliviar a dor do animal. Após o diagnóstico, o animal deve primeiramente ser colocado em um local com chão mole, com forragem e água de boa qualidade, sem fornecer concentrado ao animal. Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser usados visando minimizar o problema. Duchas de água fria também são indicadas, várias vezes ao dia, pois apresenta ação descongestionante, causando bem-estar ao animal. Também é indicada a aplicação de metionina que auxilia no processo de aceleramento de queratinização do casco. Com relação aos casos crônicos, o tratamento não é tão eficaz, quando se tratar de animais de alto valor zootécnico, recomenda-se o tratamento cirúrgico.

A prevenção dessa afecção é feita por meio da adoção de medidas que evitem a ocorrência de acidose láctica, através de um apropriado esquema de adaptação para animais que irão receber dietas com elevados níveis de concentrados e o uso de produtos alcalinizantes na ração. Com relação aos animais que se encontram parados a um certo tempo (equinos), deve-se tomar muito cuidado nos primeiros dias de trabalho, procurando não exigir muito destes. Nos casos de bovinos, recomenda-se evitar o confinamento de animais muito novos.

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