Caminhoneiros mantêm pressão por redução no diesel e não encerram greve
A reunião entre o governo federal, o de São Paulo e representantes dos caminhoneiros não levou ao fim da paralisação porque os grevistas consideraram insuficiente o tempo de redução nos preços do diesel oferecido. Eles queriam 60 dias, mas o presidente da República não se comprometeu, segundo informou o governador Márcio França (PSB) neste domingo (27).
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o desconto até aumentaria de 41 para 46 centavos. A proposta não agrada e pelo menos 10% da categoria continua mobilizada pelo país.
Até ontem, eram 13 mil trabalhadores parados, e hoje são 1,3 mil. O governador Márcio França disse que as outras duas reivindicações foram atendidas: não cobrar o eixo suspenso nos pedágios e fazer o desconto nas refinarias chegar às bombas. Ocorre que o preço do combustível é a principal demanda dos grevistas.
A continuação da greve coloca pressão sobre o Congresso Nacional. Senado e Câmara Federal têm na pauta um projetos que podem reduzir o preço dos combustíveis seja via redução de impostos e outro cria um preço mínimo para o frete. O governador Márcio França declarou que torce para que haja uma avanço e a greve se encerre nos próximos dias.
Esta é a segunda tentativa de acordo do governo de São Paulo com os grevistas. No sábado, França anunciou uma série de medidas para tentar agradar aos caminhoneiros e encerrar a paralisação, que já está em seu sétimo dia. No entanto, as condições do governo de SP não foram aceitas e as manifestações continuaram nas rodovias do estado, principalmente na Régis Bittencourt.
No fim da noite de sábado, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) se reuniu com o governador de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes, mas hoje falou com França apenas pelo telefone.