Obra de creche parada em Guareí é usada para prostituição e consumo de drogas, diz morador
Segundo Prefeitura, contrato com empresa foi rescindido porque serviço foi interrompido várias vezes, mas que uma licitação já foi aberta para finalizar a construção no bairro CDHU.
Moradores do bairro CDHU, em Guareí (SP), reclamam que a obra de um prédio onde deveria funcionar uma creche está parada e, por não ter nada que impeça a entrada das pessoas no local, a construção tem sido usada indevidamente.
"O que mais preocupa é que o local está sendo usado para prostituição e até consumo de droga, porque está tudo parado e ninguém liga para nada. Além da sujeira que atrai animais peçonhentos, não da para ficar assim", conta o aposentado João Lopes de Barros.
A Prefeitura de Guareí informou que a obra está parada por causa da rescisão de contrato com a empresa que estava fazendo o trabalho porque essa empresa teria interrompido várias vezes a obra.
Ainda segundo a prefeitura, a empresa executou alguns serviços em desacordo com o projeto padrão que não havia sido aprovado pelos fiscais. Agora, um novo processo de licitação está em andamento para dar sequência à obra.
Com informações do Portal da Transparência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, a obra custou aproximadamente R$ 1,5 milhão e deveria ter sido entregue em agosto de 2015.
Segundo o aposentado Manoel Jordão Machado a creche no bairro iria facilitar a vida de quem mora no local, pois muitos dependem do transporte da prefeitura para levar as crianças para estudar no Centro, o neto dele de 5 anos, por exemplo, pega o transporte todos os dias para estudar.
"Se ela fosse inaugurada seria muito bom, meu neto mesmo vai todo dia para o Centro estudar, se fosse aqui seria bem melhor. Sabemos que entrou dinheiro para a construção, mas até agora eles não terminaram o serviço", afirma.
Nova licitação
A prefeitura informou que agora está em fase de um novo processo de licitação e que está fazendo um levantamento dos serviços que restam. Já foram executados 58% da obra sendo que o governo já pagou R$ 785 mil.