Professor suspeito de assediar alunas nega crime, conta delegada de Itapetininga
Caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal e promotor vai decidir se marcará audiência e dará prosseguimento ao processo ou a denúncia será arquivada.
O professor de biologia suspeito de assediar e constranger alunas dentro de uma sala de aula em Itapetininga (SP) negou as acusações durante depoimento à Polícia Civil. Alunas alegam que ele "age de forma estranha" com a maioria das estudantes.
Segundo a delegada responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Leila Tardelli, o professor foi ouvido na semana passada e negou todas as acusações.
"Ele foi ouvido e disse que foi mal interpretado. O caso dele foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e agora fica a critério do promotor de Justiça se marcará audiência e dará prosseguimento ao processo ou se pedirá o arquivamento", diz.
Ainda de acordo com Leila, as alunas da Escola Estadual Sebastião Vilaça afirmaram que o professor assediava meninas e tratava os meninos de forma diferente.
"As alunas dizem que uma colega pediu para ir ao banheiro fechar o sutiã que abriu, mas ele não teria deixado e disse para ela fechar na sala", diz.
Segundo a Diretoria Regional de Ensino, o professor está de licença. A reportagem do G1 entrou em contato com o Jecrim, mas de acordo com o promotor Celio Castro Sobrinho o processo não consta no sistema e pode estar em tramitação de distribuição e análise.
A ocorrência foi registrada como importunação ofensiva ao pudor na DDM no dia 5 de abril. De acordo com informações apuradas pelo G1, a Diretoria Regional de Ensino de Itapetininga informou que foi aberto um processo de apuração interna assim que recebeu as denúncias.
Ainda segundo a Diretoria Regional de Ensino, a direção da unidade está prestando todo apoio durante a investigação. O Conselho Tutelar também foi acionado para acompanhar o caso.