Processo que apura crime de estupro em Anhembi, poderá ser arquivado no Dia Internacional da Mulher
A Comissão Processante que investiga o vereador Joel Alexandre Lourenço Pinto (Neném Cabeção) por suspeita do crime de estupro em Anhembi já teria concluído as oitivas das testemunhas de defesa e acusação, sendo que o próximo passo seria a oitiva da vitima e do denunciado para que o Relator da Comissão possa emitir o relatório final, seja pelo arquivamento da denúncia ou pela procedência com a respectiva cassação de mandato do vereador pelo plenário, mas informações dão conta que o presidente da Comissão, vereador Sebastião de Quadros, numa decisão arbitrária e sem consultar os demais integrantes da Comissão, teria definido por não ouvir o denunciado e a denunciante e isso poderá permitir que todo o processo seja comprometido e anulado na justiça, uma vez que o réu não foi ouvido para exercer seu direito de ampla defesa.
FOTO: GAZETA DE ANHEMBI - Presidente da Comissão, vereador Sebastião de Quadros
Para não serem denunciados como coniventes, os vereadores Adilson Soares (Boca) e Cristina Enfermeira, protocolaram junto à Câmara Municipal de Anhembi um requerimento solicitando a oitiva do réu. Mais uma vez, numa atitude arbitrária, o presidente da Comissão Sebastião de Quadros, reuniu os vereadores, sem registrar em ata, para comunicar que manteria sua posição e não convocaria o denunciado e a denunciante para oitivas.
Na mesma reunião, Sebastião de Quadros teria afirmado que mesmo sendo concluído que houve quebra de decoro parlamentar do vereador "Neném Cabeção", ele não votará pela cassação, por entender ser questões políticas. Por outro lado, há quem diga que o presidente da Comissão. Sebastião de Quadros estaria seguindo orientação da defesa para não ouvir o vereador Joel, motivo suficiente para a defesa pedir a anulação do processo e evitar a cassação de mandato do vereador, caso os vereadores votem pela procedência da denúncia. "De fato, o presidente da Comissão quer livrar o companheiro, mas não quer ficar exposto aos eleitores por ser conivente. Se a justiça anular o processo, os vereadores não precisarão votar a cassação do denunciado e tudo continua como está" disse um ex-vereador de Anhembi.
A reportagem do Nosso Informativo tentou contato com o presidente da Comissão, mas o mesmo não retornou a mensagem. "Se esse processo for anulado por irregularidades em sua condução e por arbitrariedade, pode ter certeza que eu mesmo vou denunciar na justiça e junto a Câmara de Vereadores, o presidente da Comissão por omissão, conivência e quebra de decoro", disse a vereadora Cristina.