Professora é suspeita de agredir alunos de 3 anos em escola de Buri-SP
Segundo a polícia, caso foi denunciado após a direção da unidade analisar imagens do circuito de segurança. Professora de Buri (SP) pode responder por tortura e maus-tratos, diz delegado.
A Polícia Civil abriu inquérito nesta segunda-feira (9) para investigar a denúncia de que uma professora teria agredido duas crianças de 3 anos na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Dona Zoraide Francisco Bonifácio, no bairro Kurt Kriechle, em Buri (SP).
Segundo o delegado responsável pelo caso, Paulo Roberto Fonseca, a direção da unidade identificou as agressões por câmeras de monitoramento instaladas na escola.
Segundo ele, as imagens mostram que a professora coloca as duas crianças entre as pernas e as aperta como quem quer esmagá-las. Em seguida, ela segura as crianças pelas cabeças, chocando-as uma contra a outra.
Ainda de acordo com o delegado, apesar das imagens não conterem áudio, é possível perceber que os dois alunos estão chorando.
"Já estamos investigando o caso, que inicialmente foi tratado como maus-tratos. Porém, nós estamos analisando as imagens novamente, pois acredito que ela também deve ser enquadrada em outros crimes. O que aconteceu é uma atrocidade, já que agride os alunos e é bem chocante. As testemunhas serão ouvidas e a professora pode responder por tortura", afirma o delegado.
De acordo com a secretária de Educação Bárbara Patriarca, uma sindicância foi aberta para apurar o caso. Segundo Bárbara, a professora foi afastada do cargo e nega as acusações.
"Ela negou. Disse que não agrediu as crianças, mesmo com as filmagens. Por conta disso, a direção da escola foi até a delegacia e registrou um boletim de ocorrência", conta.
Ainda segundo a secretária, a professora já responde a um processo administrativo pelo mesmo problema em outra escola, entre os anos 2014 e 2015. Na época, a funcionária levou apenas uma advertência.
O caso também foi encaminhado ao Conselho Tutelar, que fez uma reunião com os pais de alunos da escola nesta segunda-feira (9).
"O Conselho Tutelar já identificou as crianças envolvidas neste caso. Tanto elas quanto todos os alunos da sala vão receber um tratamento psicológico. Vamos atender também as famílias, se necessário for" , explica o conselheiro Rogério Vieira Veronezzi.
