Estado Islâmico assume autoria do atentado em Barcelona
O Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado na região central de Barcelona na tarde desta quinta-feira (17), quando uma van atropelou dezenas de pessoas. Segundo autoridades, pelo menos 13 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas --ao menos 15 em estado grave. O ataque ocorreu nas Ramblas, um calçadão de pedestres e importante ponto turístico da cidade.
Dois suspeitos foram presos em ligação com o ataque, informou o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont. O motorista teria acelerado a van em direção à multidão por cerca de 500 metros em uma área muito frequentada por turistas por volta das 17h (hora de Barcelona). Autoridades encontraram um segundo furgão branco em Vic, na região de Barcelona.
A área ficou isolada em um raio de 200 metros. As lojas ficaram fechadas e começaram a ser esvaziadas mais de uma hora depois do ataque. As autoridades da Catalunha fecharam as estações de metrô e trem nos arredores.
Um toque de recolher foi pedido para facilitar as buscas no local; a indicação é que as pessoas não transitem por Barcelona "a não ser que seja extremamente necessário. Enquanto procurava o autor, a polícia pediu aos pedestres que liberem as vias da região para a passagem de veículos de emergência.
Segundo o jornal "El País", o furgão branco usado no atentado teria sido alugado por Driss Oukabir na cidade de Santa Perpetua de la Mogada. Porém, segundo a imprensa catalã, um homem apresentou-se aos policiais afirmando que seria Driss Oukabir e seus documentos teriam sido roubados. Ele seria um cidadão francês e mora na Catalunha.
A polícia confirmou ainda um segundo atropelamento em Barcelona. Um carro atingiu dois policiais em um posto de controle. O veículo usado no atropelamento foi encontrado em Sant Just Desvern, nos arredores de Barcelona e o motorista foi morto. Ainda não há informações sobre a possibilidade de o incidente ter ligação direta com o atentado nas Ramblas.
A reportagem do UOL estava em uma loja de departamentos na região no momento do ataque. Primeiro, as portas foram fechadas; minutos depois, os acessos entre os andares dentro da loja também foram bloqueados. Cerca de meia hora depois, a loja foi evacuada. O incidente gerou correria, e houve relatos de tiroteio na área, após o atropelamento. A polícia mandou todas as pessoas se abrigarem em algum lugar fechado, e a área da praça ficou completamente esvaziada.
Vídeos em redes sociais mostram o resgate dos feridos e pessoas fugindo do local, assustadas. Outros revelaram policiais armados revistando a área, à procura do autor do ataque.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, afirmou no Twitter que está em contato com autoridades depois do incidente.
As Ramblas são um grande calçadão turístico de 1,2 quilômetros, que atravessa o centro de Barcelona, desde a Praça da Catalunha até o monumento a Cristóvão Colombo, de frente para o mar. Nas últimas semanas, pichações com ameaças contra turistas apareceram em Barcelona, que atrai ao menos 11 milhões de visitantes por ano.
Desde julho de 2016, veículos têm sido usados para atropelar multidões em uma série de ataques terroristas na Europa, deixando bem mais de 100 mortos em Nice, Berlim, Londres e Estocolmo.