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Ariel Ochoa/AFP

Equador declara estado de exceção após terremoto matar ao menos 272


Pelo menos 272 pessoas morreram e 2.068 ficaram feridas devido ao terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o litoral do Equador na noite de sábado (16), segundo o presidente do país, Rafael Correa. Foi o maior abalo sísmico a atingir o país sul-americano desde 1979.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o principal tremor ocorreu no mar, a 22 km de Muisne (a 394 km da capital Quito), na província de Esmeraldas, às 18h58 locais (20h58 em Brasília), a 19,2 km de profundidade. O alerta de tsunami decorrente foi suspenso três horas depois.

O terremoto causou destruição nas províncias de Esmeraldas, Santa Elena, Manabí, Los Rios e Guayas, que inclui a maior cidade do país, Guayaquil. Houve danos menores em Quito, a 2.800 m de altitude, mas sem vítimas.

A mais afetada foi a cidade turística de Pedernales, onde 80% das construções e da infraestrutura foram destruídas. De acordo com o ministro do Interior, José Serrano, 150 pessoas ainda estão soterradas pelos escombros.

Devido ao abalo sísmico, o presidente Correa decretou estado de exceção em todo o país "para garantir a ordem pública". Ele, que estava em Roma em meio a uma turnê na Europa, está voltando neste domingo (17).

"A prioridade é resgatar as pessoas dos escombros. Tudo pode ser reconstruído, mas vidas não podem ser recuperadas, e isto é o que mais nos machuca", escreveu em sua conta no Twitter antes de deixar a capital italiana.

Com a ausência de Correa, o vice-presidente Jorge Glas foi a Pedernales e às cidades de Portoviejo e Manta, cujo aeroporto teve a torre de controle e o terminal destruídos. A pista, no entanto, voltou a receber aviões pela tarde. Os demais aeroportos do país estão funcionando.

Segundo Glas, houve 189 réplicas desde o primeiro tremor, a maioria perto do epicentro. O governo liberou US$ 600 milhões (R$ 2,1 bilhões) para a reconstrução.

RESGATE

Nas ruas de Pedernales, moradores usavam ferramentas e veículos como tratores para remover escombros em busca de desaparecidos.

Muitos passaram a noite nas ruas com medo de novos desabamentos. "Foi horrível, parecia que desabava como um castelo de cartas. Orei de joelhos para pedir a Deus que me protegesse", disse à agência de notícias Reuters Galo Valle, 56, vigia de um prédio comercial que ruiu.

Aproximadamente 14,5 mil policiais e soldados foram mobilizados para manter a ordem na região. Funcionários da Cruz Vermelha e bombeiros foram para Manta.

Além da ajuda interna, os governos de Estados Unidos, Venezuela, Espanha, Chile, México, Panamá, Costa Rica e El Salvador ofereceram agentes e recursos para ajudar na busca por desaparecidos.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro manifestou consternação com o terremoto e solidarizou-se com as famílias das vítimas. O papa Francisco dedicou orações aos equatorianos.

O terremoto no Equador aconteceu horas após fortes abalos sísmicos atingirem o Japão –o último, de magnitude 7– que deixaram 41 mortos e 1.500 feridos na ilha de Kyushu, no sul do país, na madrugada de sábado.

Ambos estão no Círculo de Fogo do Pacífico, região de encontro de placas tectônicas e forte atividade sísmica. Mas, segundo o Serviço Geológico dos EUA, é pouco provável que os tremores estejam relacionados.

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