O Cubo Notícias emite tréplica sobre “Nota de Esclarecimento” da Prefeitura de Porangaba
É com profundo pesar que “O Cubo Notícias” vem por meio desta, se manifestar sobre a lamentável “Nota de esclarecimento” da Prefeitura de Porangaba que alega repudiar o noticiado reajuste de 40% nos vencimentos (salários) para o Prefeito, Vice-prefeito, Secretários, Presidente da Câmara e vereadores. A nota que promete ser clara e verdadeira, infelizmente, é um amontoado de mentiras e contradições, conforme iremos PROVAR.
1 – Do desconhecimento:
A nota alega que “não é verdadeiro” que havia a intenção de se votar um Projeto de Reajuste de 40% aos cargos mencionados e que o Executivo foi surpreendido com a notícia (repudiada por eles) do nosso portal, na noite do último domingo, tendo que consultar o Presidente e o Diretor da Câmara para saber se o assunto estava tramitando pela Casa; É MENTIRA.
O Executivo tinha conhecimento das tratativas do assunto pelos seguintes motivos:
A-) Secretários municipais sabiam sobre a discussão: Na mesma noite de domingo, logo após a publicação da matéria, recebemos através de WhatsApp, de titular de Secretaria Municipal, a seguinte mensagem: “...Só para informação a Lei do reajuste partiu do Legislativo e não do executivo. E será p o próximo mandato, para quem entrar”. (print, abaixo).
Se na noite de domingo, os secretários sabiam da “Lei do Reajuste”, que seria para início de pagamento em 2025, como pode o Executivo dizer que foi surpreendido pela notícia e que precisou consultar o presidente e o diretor da Câmara na tarde do dia seguinte? Alías, a suposta consulta, o envio da resposta pela Câmara e a elaboração da referida nota ocorreram em tempo recorde; Tudo feito em apenas uma tarde!
B-) Que os representantes da Câmara informaram que apenas houve uma reunião pra conversar sobre o referido reajuste. Essa conversa ocorreu sem representantes do Executivo? Como a Câmara iria propor um reajuste de 40%, sem antes saber se a Prefeitura irá ou não disponibilizar o montante do reajuste na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025?
Vale explicar que quem cria a Lei Orçamentária é a Prefeitura, por meio de Projeto de Lei apresentado ao final de cada ano e válido para o ano seguinte, e quem propõe os reajustes, por meio de Projeto Decreto Legislativo (e não Projeto de Lei, como diz a nota) é a Câmara. Para apresentar um PDL de reajuste, a Câmara sempre consulta o Poder Executivo para saber se é possível realizar os pagamentos, se o mesmo estará na LDO e se é adequado à situação financeira da cidade, afinal, o ordenador das despesas do município é o Prefeito e não o diretor ou presidente da câmara.
2 – Das Contradições
A-) Que o Poder Executivo não sugeriu, ATÉ O MOMENTO, reajuste aos respectivos cargos. Neste parágrafo, o que no discurso inicial era só prerrogativa da Câmara, de repente passou a ser cogitado pelo Executivo, já que o mesmo assume que, no futuro, até poderá fazer tal sugestão.
B-) Que segundo a Lei, é comum no último ano de cada mandato, haver a sugestão de reajuste salarial destes cargos. Então porque o repúdio, já que se trata de algo comum e legal? O repúdio foi pelo exorbitante índice proposto? Não é o que parece, como veremos a seguir:
C-) Que se, por ventura, houver o reajuste, ele irá recompensar a perda salarial do período de 2017 (data do último reajuste), até o atual período e que esse índice é de 42,42%.
O Executivo que fez uma nota alegando ter sido surpreendido pela matéria de domingo a qual “repudiou”, demonstrou na mesma nota que já sabia da porcentagem de inflação do período, curiosamente, em torno dos 40% que noticiamos. Destaque que o “repúdio” deu lugar para a normalização; Enquanto noticiar o reajuste em 40% é repudiável, sugerir reajuste de 42,42% é, apenas, “compensar uma perda salarial”.
CONCLUSÃO:
Diante da exposição detalhada das contradições e inconsistências na "Nota de esclarecimento" da Prefeitura de Porangaba, é lamentável constatar a falta de CLAREZA E VERDADE prometida na referida publicação. A tentativa de negar conhecimento prévio do reajuste salarial, contradizendo mensagens de secretários municipais e de vários outros servidores públicos que comprovam o contrário, revela uma postura preocupante.
A alegação de que o Executivo não sugeriu o reajuste, ATÉ O MOMENTO, apenas para admitir a possibilidade no futuro, contribui para a falta de credibilidade da resposta oficial. Além disso, a contradição entre repudiar a proposta de reajuste de 40% e, ao mesmo tempo, sugerir uma compensação de 42,42%, levanta questões sobre a coerência e a sinceridade das declarações.
É inaceitável que uma medida de tal magnitude, que impacta diretamente a gestão pública e a população, seja tratada com tamanha falta de clareza e seriedade. A ausência de uma explicação coerente e a mudança de postura ao longo da nota contribuem para a desconfiança da comunidade em relação aos órgãos responsáveis.
Nesse contexto, é imperativo que a administração municipal reveja sua postura e forneça informações claras e consistentes à população, em respeito aos princípios éticos e à transparência que devem reger a gestão pública. O compromisso com a verdade e a honestidade são fundamentais para a manutenção da confiança dos cidadãos nas instituições responsáveis pela administração do município.
É crucial destacar que, em nenhum momento, "O Cubo Notícias" aceitou ou aceitará, POR QUEM QUER QUE SEJA, ser rotulado como um portal que cria notícias, algo que os primeiros parágrafos da nota contextualizam. A integridade jornalística e o compromisso com a veracidade dos fatos são pilares fundamentais para a credibilidade de qualquer veículo de comunicação. A tentativa, presente na referida nota, de imputar ao portal a responsabilidade pela criação de notícias é repudiada de forma veemente.
A imprensa desempenha um papel vital na sociedade ao garantir a divulgação de informações precisas e relevantes. A manipulação da verdade, como insinuada na nota da Prefeitura, compromete não apenas a reputação do veículo de comunicação, mas também mina a confiança dos cidadãos na imprensa como um todo. É imprescindível que as autoridades responsáveis revisitem seus posicionamentos, respeitando a ética jornalística e reconhecendo o papel crucial da imprensa na democracia.
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