Mãe de Porangaba faz apelo por atendimento neuropediátrico e critica a falta de estrutura para crianças atípicas
Uma mãe de Porangaba manifestou à nossa reportagem seu descontentamento em relação à falta de atendimento médico especializado na cidade, em especial no que se refere ao acompanhamento neuropediátrico. Segundo ela, seu filho aguarda desde outubro de 2023 por uma consulta com um neuropediatra e, até o momento, não obteve atendimento.
No desabafo, a moradora critica a falta de prioridade e estrutura para as crianças com necessidades especiais no município. "Não preciso ficar implorando por médico. Porangaba precisa ter uma visão mais atenta para as crianças atípicas, e não estou vendo nada disso", afirmou, cobrando uma postura mais ética e responsável das autoridades.
A mãe ressaltou a importância de o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecer uma cobertura mais eficaz, mencionando também a dificuldade de encontrar atendimento especializado na região, inclusive no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Botucatu. "Se vira para procurar em outras cidades. Quando se quer, se faz. Conseguiram dinheiro para o asfalto, então corram atrás de verba para a saúde, para colocar um pediatra 24 horas na Santa Casa", desabafou.
Além do atendimento médico, a mãe destacou a falta de terapias e atividades extracurriculares voltadas para crianças com necessidades especiais, como pintura, música, balé, futebol e natação, lamentando a ausência dessas oportunidades no município. "Agora é fácil dar remédios, mas e as terapias?", questionou.
A moradora finalizou sua declaração visivelmente frustrada com a falta de soluções e com o sentimento de ser passada de um setor ao outro sem retorno: "Isso é uma vergonha. Estou muito chateada, passam meu caso de um lugar para outro e não tem solução."
O apelo reflete o clamor de muitas famílias da região que enfrentam dificuldades semelhantes e lutam por uma rede de saúde pública mais inclusiva e acessível.
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