Morador do interior de SP lucra com criação de ‘galinhas gigantes’ que medem mais de 1 metro e são vendidas por até R$ 10 mil
Acordar com as galinhas é mais do que uma gíria de interior para o jovem Guilherme Bueno, de 20 anos, que mora em Cruzeiro (SP). Isso porque, desde os 13 anos, ele acorda muito cedo em busca de um sonho: se tornar um grande empreendedor no ramo de aves.
E o desafio dele é à altura dos animais, já que ao invés de criar galinhas convencionais, o jovem se dedica a uma criação inusitada: ele cuida de galinhas gigantes, que podem atingir mais de 1,2 metro. Para ter uma noção do tamanho, uma galinha comum mede cerca de 50 centímetros.
Conhecido como ‘índio gigante’, esses galos e galinhas têm pernas longas, pescoço sem penas e se alimentam de capim e também de milho. Essa espécie ultrapassa um metro de altura e pode pesar até 5 quilos.
A espécie foi criada geneticamente de forma ornamental, ou seja, sem intenção de abate, logo não é usualmente destinada para consumo.
Segundo Guilherme, os compradores costumam ter dois objetivos ao adquirir esses animais: criar aves de elite, que são destinadas para leilões; ou desenvolver aves com foco no melhoramento genético das galinhas comuns, visando aumentar o peso e a estatura.
Dizem que de grão em grão a galinha enche o papo e esse ditado tem muito a ver com a história de vida do Guilherme. Ele começou com apenas R$ 100 em mãos para dar início à sua própria criação de aves. Sete anos depois, ainda caminha no empreendimento aviário, mas acumula grandes conquistas, com uma criação de mais de 50 galinhas.
Membro da geração Z, Guilherme conta que conheceu esses animais pela internet, em uma rede social. Vendo a chance de fazer algum dinheiro, juntou R$ 100 e comprou o primeiro galo, mas o animal não alcançou a altura necessária. Então, ele passou a estudar a espécie, o mercado, conhecer investidores, criadores e se cercar de tudo que envolvia o negócio.
“Eu vi uma chance de negócio e é uma coisa que eu já gostava de fazer. No começo, minha família achou que era loucura, mas quando começaram a enxergar o negócio, me apoiaram”, lembra.
O que começou como uma incerteza, logo se tornou uma fonte de renda e hoje é a carreira de Guilherme. Ele se dedica todos os dias para atingir maiores níveis de excelência da espécie e vê seu trabalho ser reconhecido em leilões. Assim, aos poucos, o jovem de origem humilde vai aperfeiçoando sua própria criação e também realizando sonhos, ao melhorar de vida.
Guilherme afirma que uma ave da raça índio gigante pode valer em média de R$ 2 mil a R$ 10 mil, que são os preços mais comuns de se encontrar. Mas isso não impede de existirem aves mais caras, pois existem casos de aves serem vendidas por valores muito mais altos em leilões. Ele cita que um amigo já chegou a vender um frango por R$ 154 mil em um leilão.
“No caso da criação de aves de elite, é essencial adotar cuidados específicos, como uma alimentação balanceada e um controle rigoroso da filiação individual. Isso é necessário porque selecionamos características morfológicas específicas e tamanho para garantir a qualidade das aves”, explica.
Atualmente, a criação de Guilherme chega em um total de 50 aves, com um galo reprodutor e 10 galinhas matrizes separadas para reprodução. Os demais são filhotes em crescimento.
O jovem também faz sucesso como influencer da área, compartilhando sua rotina e desafios com a criação das aves pelas redes sociais. No youtube, ele já acumula mais de 3 milhões de visualizações em seus vídeos diários.
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