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Foto do escritorPor: G1

Conflitos entre Israel e Hezbollah se intensificam na fronteira com o Líbano

Força de manutenção da paz das Nações Unidas, Unifil, disse estar preocupada com escalonamento do conflito.



Os combatentes libaneses do Hezbollah lançaram ataques contra postos do exército israelense e uma vila na fronteira norte no domingo (15). Israel retaliou com ataques no Líbano.


Os disparos esporádicos na fronteira Israel-Líbano durante a semana passada levantaram preocupações de que os combates com militantes do Hamas em Gaza pudessem evoluir para um conflito mais amplo.


O ataque do Hezbollah a Shtula, uma comunidade agrícola israelense, matou uma pessoa e feriu outras três, disseram o grupo e médicos israelenses. O Hezbollah também disse que atacou quartéis em Hanita, em Israel, com mísseis guiados e disse que infligiu baixas "às fileiras inimigas".


Os militares israelenses afirmaram ter conduzido ataques no Líbano em retaliação e declararam uma zona a 4 km da fronteira libanesa fora dos limites ao acesso público. Três fontes de segurança confirmaram à Reuters que a artilharia israelense atingiu diversas áreas no sul.


O braço armado do Hamas, as Brigadas Al Qassam, disse ter disparado 20 foguetes do Líbano contra dois assentamentos israelenses.


A força de manutenção da paz das Nações Unidas, Unifil, disse que a sua sede no sul do Líbano foi atingida por um foguete, mas ninguém ficou ferido. A organização disse que estava trabalhando para determinar de onde veio o projétil.


"Continuamos a envolver-nos ativamente com as autoridades de ambos os lados, mas, lamentavelmente, apesar dos nossos esforços, a escalada militar continua", afirmou a Unifil em comunicado.


O ministro da Defesa de Israel disse no domingo que Israel não tem interesse em travar uma guerra na sua frente norte.


"Não queremos agravar a situação", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant. "Se o Hezbollah escolher o caminho da guerra, pagará um preço muito alto. Muito pesado. Mas se se conter, respeitaremos isso e manteremos a situação como está."


O Hezbollah disse que está pronto para lutar contra Israel e que não se deixará influenciar pelos apelos dos Estados árabes e de potências estrangeiras para que fique à margem.


Fontes dizem que o Hezbollah concebeu as suas ações até agora para serem de âmbito limitado, evitando uma grande repercussão no Líbano e mantendo as forças israelenses ocupadas.


Israel pode lutar em duas ou mais frentes, dizem militares


Israel está preparado para travar uma guerra em duas ou mais frentes, disse seu principal porta-voz militar neste domingo, acrescentando que o movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, está aumentando as tensões na fronteira com o Líbano para impedir a ofensiva de Israel em Gaza.


O almirante Daniel Hagari disse que mais de 600 mil habitantes de Gaza se mudaram para o sul após o anúncio de Israel na semana passada, antes de uma esperada ofensiva terrestre, de que os residentes deveriam evacuar a Cidade de Gaza.


Hagari afirmou que as autoridades israelenses informaram as famílias de 155 pessoas mantidas em cativeiro em Gaza, e afirmou que pelo menos 289 soldados israelenses foram mortos quando o Hamas lançou um ataque devastador contra as comunidades ao redor da Faixa de Gaza há oito dias.

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