Arara-Canindé surpreende moradores do Bairro dos Lopes, em Porangaba
Fotos: Isabelly Christinna
Desde a última sexta-feira (29/12), moradores do Bairro dos Lopes, em Porangaba, testemunham a presença surpreendente de uma Arara-Canindé em uma propriedade rural da região. A ave, cuja presença na localidade é considerada extremamente rara, tem se destacado ao passar a maior parte do tempo em uma mangueira, onde se alimenta dos frutos disponíveis.
Conforme relatos dos residentes, a Arara-Canindé exibe comportamento típico de um espécime selvagem, voando para outras árvores mais distantes ao perceber aproximação humana. Esse comportamento sugere que a ave está habituada a viver livremente em seu ambiente natural.
Os moradores, preocupados com a presença incomum da espécie na região, procuraram a polícia ambiental em busca de orientação. Contudo, foram informados de que não seria possível realizar a captura do animal, visto que o mesmo encontra-se em liberdade e não apresenta sinais de aprisionamento ou ferimento. A polícia ambiental ressaltou que sua intervenção se limita a situações em que a ave esteja em perigo iminente.
A Arara-Canindé, conhecida cientificamente como Ara Ararauna, é uma espécie magnífica com plumagem predominantemente azul, destacando-se por uma área amarela em sua barriga. Sua presença na região é considerada notável, uma vez que a espécie é mais comumente encontrada na região amazônica, sendo avistada com raridade no Pantanal.
A aparição da Arara-Canindé em Porangaba suscita questões sobre a influência de fatores ambientais, desmatamento ou mudanças climáticas que possam ter impulsionado sua presença em uma área não tradicional para a espécie. Este evento oferece à comunidade local a oportunidade única de observar de perto uma ave exuberante, ao mesmo tempo que reforça a importância da conservação ambiental para garantir a preservação de espécies em seus habitats naturais.
Enquanto a Arara-Canindé continua a cativar os moradores do Bairro dos Lopes, a expectativa é de que ela retorne à sua área de origem de maneira autônoma, proporcionando aos habitantes locais uma lembrança singular da riqueza da biodiversidade que permeia nosso entorno.
