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UOL/Euronews-Portugal

Série de ataques com bombas deixa mais de 180 mortos no Sri Lanka


As primeiras seis explosões ocorreram por volta das 8h45 no horário local (23h30 de sábado em Brasília), em três hotéis de luxo e também em uma igreja na capital Colombo. Igrejas situadas em igrejas em Katana, no oeste do país, e em Batticaloa, no leste da ilha, também foram atacadas neste momento, informou à agência de notícias Efe o porta-voz da polícia do Sri Lanka, Ruwan Gunasekara.

A sétima explosão aconteceu no começo da tarde (fim da madrugada em Brasília) em um pequeno hotel perto do zoológico de Dehiwala, situado dez quilômetros ao sul do centro de Colombo.

Logo depois, veio o oitavo atentado, desta vez em um condomínio em Dematagoda, também na capital. Este ataque teria sido feito por um homem bomba e matou três policiais.

Toque de recolher

O governo decretou estado de emergência em todo o país e a polícia impôs toque de recolher por tempo indeterminado diante do temor de novos ataques. Aplicativos de mensagens e redes sociais foram bloqueados. "Por favor, mantenham a calma e não sejam enganados por rumores", afirmou o presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, em mensagem à nação.

"Por favor, permaneçam dentro das casas. Há muitas vítimas, incluindo estrangeiros", afirmou no Twitter o ministro para Reformas Econômicas e Distribuição Pública do país, Harsha de Silva, após visitar alguns dos lugares atacados.

Silva afirmou que foi convocada uma reunião de emergência e se mostrou comovido pelo que tinha visto. "Cenas horríveis. Vi membros amputados derramados por todos lados. Equipes de emergência estão espalhadas em todos os pontos. (...) Levamos muitas vítimas para o hospital, esperamos ter salvado muitas vidas", relatou o ministro.

Imagens divulgadas pela imprensa local mostram a magnitude da explosão em pelo menos uma das igrejas, com o teto do templo semidestruído, escombros e corpos espalhados enquanto o povo tenta socorrer os feridos.

Os fiéis comemoravam o domingo de Páscoa, o dia mais importante dentro dos ritos cristãos da Semana Santa.

Os ataques contra minorias religiosas na ilha vêm se repetindo. Os últimos de relevância aconteceram em 2018, quando o governo teve que declarar estado de emergência depois de confrontos entre muçulmanos e budistas.

No Sri Lanka a população cristã representa 7%, enquanto os budistas são cerca de 70%, os hinduístas 13% e os muçulmanos 10%.

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