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Polícia faz nova operação contra tráfico de drogas na cracolândia, em SP


Equipes da PM (Polícia Militar) realizam uma nova operação na região da cracolândia, no centro de São Paulo, desde as 6h deste domingo (11). A ação tem com alvo o "combate ao tráfico de entorpecentes", segundo a PM. Ao menos uma pessoa teria ficado ferida, mas os órgãos de segurança não confirmam a informação.

Barracos usados pelos usuários que passaram a se concentrar na praça Princesa Isabel foram incendiados. Agentes da Tropa de Choque da PM usam escudos na ação desta manhã.

Em função da nova operação, os usuários estariam se dispersando novamente por ruas do centro paulistano.

A Prefeitura de São Paulo confirma a realização da nova operação, mas ainda não informou detalhes sobre ela.

O prefeito João Doria (PSDB) está se dirigindo para a região neste momento. O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), já se encontra no local.

Neste momento, agentes do setor de limpeza da prefeitura trabalham na limpeza da praça, onde usuários de drogas haviam montado barracas.

A praça Princesa Isabel tornou-se o novo epicentro da cracolândia após a ação policial do último dia 21 de maio, que dispersou usuários que ficavam na região da estação da Luz, também no centro paulistano.

Nas redes sociais, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, criticou a ação. "Alguém acredita que isso vai resolver alguma coisa! Violência contra os irmãos na Praça Princesa Isabel".

Tráfico

No sábado (10), Doria afirmou que a ação na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, não teria recuo. "Nem a ação policial, nem a emergencial --que é de natureza social e medicinal--, nem a urbanística, que é de recuperação das áreas. À medida em que elas forem sendo desocupadas, elas vão sendo recuperadas para que não sejam mais ocupadas nem por usuários e muito menos por traficantes", disse.

Ele reconheceu que os traficantes voltaram a ocupar parte da área. "Lamentavelmente os traficantes voltaram. Estão vendendo drogas, não apenas crack, mas também heroína, cocaína e outras drogas, ecstasy inclusive", declarou. Semanas atrás, ele chegou a dizer que a Cracolândia havia acabado.

Por isso, disse, a ação policial continua, tanto pelas polícias Civil e Militar quanto pela Guarda Civil Metropolitana. Segundo o prefeito, drones fazem a vigilância durante o dia e as imagens são transmitidas direto para a polícia.

Doria também afirmou que, além da ação policial, os investimentos agora são na ampliação do acolhimento do projeto Redenção. "Criamos a unidade emergencial de acolhimento, que já está funcionando para abrigar 100 pessoas com dormitório, 150 pessoas para alimentação. Instalamos amplo refeitório, ampla área de convivência com TV, uma área para ginástica, exercícios", disse. Para terça, disse que haverá "cabeleireiro para as mulheres, barbeiro para os homens e muito atendimento".

Para o fim da semana que vem, ele prometeu ampliação do espaço para que 150 pessoas possam dormir e 300 se alimentarem. "E vamos criar mais duas dessas unidades emergenciais de acolhimento do projeto Redenção. Individualizando as abordagens", afirmou. Segundo o prefeito, a ideia é que "as pessoas acolhidas possam ser encaminhadas, num processo individualizado e seletivo, para o atendimento médico".

Ainda de acordo com Doria, 300 funcionários da prefeitura atuam na região central da cidade conversando com usuários e tentando convencê-los a fazerem tratamento.

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