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UOL - Internacionais/AFP

Congresso paraguaio é incendiado por manifestantes. Um jovem morreu


O presidente do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), Efraín Alegre, informou neste sábado (1º) à imprensa local que um jovem morreu após ser baleado por policiais na sede do partido, em Assunção, para onde se refugiou durante os distúrbios após os protestos contra a reeleição presidencial no Paraguai.

Alegre disse que a polícia invadiu "de forma bárbara" a sede, no centro de Assunção, e disparou contra os manifestantes que estavam no interior, alguns dos quais ficaram feridos gravemente.

Entre estes manifestantes estava um jovem militante liberal que, segundo Alegre, foi transferido para um hospital, onde faleceu.

Efraín Alegre lidera a oposição à emenda constitucional para permitir a reeleição presidencial no Paraguai, responsável pelos protestos de sexta-feira em Assunção, que terminaram com distúrbios no centro da capital, além do incêndio de parte do Congresso nacional.

Os incidentes começaram depois que 25 senadores votaram a favor do projeto de emenda nas dependências da Frente Guasú, do ex-presidente Fernando Lugo, e sem a presença dos demais legisladores e do presidente do Senado, Roberto Acevedo.

Os protestos mais violentos tiveram início na tarde de sexta (31), na Praça de Armas, ao lado do Congresso paraguaio, edifício atacado pelos manifestantes.

Os bombeiros controlaram as chamas do Congresso, local que teve grandes danos materiais, e em seguida, os manifestantes foram para as imediações do Panteão Nacional dos Heróis, também no centro histórico da capital paraguaia.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Velázquez, convocou a uma sessão para este sábado, onde será debatida a emenda, mas posteriormente desconvocou para evitar novos incidentes.

O partido de Lugo aprovou a emenda para que o ex-bispo possa concorrer nas eleições de 2018, e o Partido Colorado para que o atual presidente paraguaio possa fazer o mesmo.

A atual Constituição paraguaia proíbe a reeleição presidencial.

Por outro lado, o Partido Liberal, o maior da oposição, e outras forças opositoras, alegam que a emenda é anticonstitucional como meio de facultar um segundo mandato presidencial.

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