Terremoto de magnitude 6,2 atinge centro da Itália e causa danos e mortos
Um forte terremoto foi registrado na madrugada desta quarta-feira (24) no centro da Itália, provocando danos severos em algumas regiões e vários mortos.
O tremor provocou pelo menos 38 mortes, segundo uma porta-voz do departamento de proteção civil. Muitas pessoas ainda estão debaixo de escombros, e o balanço de vítimas deve se agravar nas próximas horas.
O terremoto atingiu cidades e vilarejos montanhosos do centro do país, o que torna as operações de resgate ainda mais difíceis, disse a porta-voz do departamento Immacolata Postiglione.
Em sua audiência geral desta quarta (24), o papa Francisco exprimiu sua "grande dor" pelo terremoto que "devastou zonas inteiras e deixou mortos e feridos" no país.
O serviço geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) informou que o tremor teve magnitude 6,2, e segundo a rede de televisão "Rainews 24", o epicentro foi situado entre as cidades de Perugia e Rieti, a pouco mais de 150 km a nordeste de Roma.
A profundidade do terremoto, ocorrido precisamente às 3h36 (22h36 de Brasília), foi de apenas 10 km, o que representa um alto potencial de causar grandes danos e vítimas, segundo o USGS.
O serviço geológico já registrou algumas réplicas, uma delas de magnitude 5,5, e informou que os tremores devem continuar por pelo menos mais alguns dias.
Destruição e mortes
Nas províncias de Ascoli Piceno, Fermo e Macerata, na região de Marcas, e em Nórcia, na região de Úmbria, o tremor causou colapsos em edifícios e há pessoas feridas que foram socorridas pelo serviço de emergência.
O prefeito confirmou que houve desabamentos graves em vários edifícios e pontes que complicam o acesso ao local por parte das equipes de resgate, que tentam ajudar as pessoas que estão "sob os escombros".
Pirozzi fez um apelo às autoridades do país para liberar as ruas o mais rápido possível e poder ajudar as pessoas feridas por conta do terremoto.
"Temos espaço para a chegada de helicópteros de resgate, mas a prioridade é liberar as ruas", disse o prefeito, observando que a região está sem luz, o que dificulta o trabalho de resgate.
Por sua parte, o coordenador da Cruz Vermelha em Amatrice, Giussepe Pignoli, confirmou que na entrada da cidade há uma ponte que desabou, complicando o acesso ao local.
"Ativamos o dispositivo de socorro da Cruz Vermelha. Há muitos danos, esperamos que não haja vítimas", disse.
Além disso, a Defesa Civil confirmou deslizamentos de terras em outras três províncias da Região de Marcas: Ascoli Piceno, Fermo e Macerata.
Segundo o governo, o chefe do departamento de Proteção Civil, Fabrizio Curcio, já formou um comitê para lidar com a emergência.
O porta-voz dos Bombeiros do país, Luca Cari, disse que helicópteros serão enviados aos locais mais atingidos para auxiliar nos trabalhos de resgate e emergência.
Os serviços de Defesa Civil e o Exército italiano foram mobilizados e já escavam entre os escombros das localidades afetadas para resgatar algumas pessoas que estão presas.
Em 2009, um tremor de magnitude 6,3 abalou o centro da Itália e deixou mais de 300 mortos na região de Aquila.
Papa expressa "grande dor"
Em sua audiência geral desta quarta-feira (24), o papa Francisco exprimiu sua "grande dor" pelo terremoto que "devastou zonas inteiras e deixou mortos e feridos" na região central da Itália. O pontífice disse ter ficado "fortemente comovido" ao saber que a cidade de Amatrice foi destruída e que há crianças entre os mortos.
"Exprimo minha proximidade às pessoas presentes em todos os lugares atingidos pelo temor, a todas as pessoas que perderam entes queridos e àquelas que ainda se sentem afetadas pelo medo", acrescentou.
O papa Francisco cancelou um discurso que faria nesta quarta-feira em sua audiência geral e decidiu rezar com a multidão pelas vítimas e os sobreviventes do terremoto que atingiu a Itália.
Danos devem ser grandes
De acordo com o USGS, há grande possibilidade de haver um significativo número de mortos e perda econômica.
"No geral, a população dessa região mora em estruturas onde há uma mistura de construções vulneráveis e resistentes a terremotos. Baseado na estimativa que temos, nós podemos ver perdas significativas", disse Rafael Abreu, geofísico da instituição, à rede "CNN". (Com agências internacionais)